É inevitável: há sorrisos que nos fazem sentir bem... e outros que nos deixam desconfiados. Já reparaste que, mesmo antes de saberes o motivo, consegues perceber se alguém está a sorrir de forma genuína ou só por educação? São os olhos que fazem toda a diferença e que ajudam a distinguir uma expressão sincera de uma simples formalidade.
O sorriso que diz mesmo "estou feliz" chama-se sorriso de Duchenne - e é o clássico sorriso de alma cheia: boca aberta, olhos semicerrados e aquelas ruguinhas nos cantos dos olhos. Tudo graças a dois músculos-chave: o zigomático maior, que levanta os cantos da boca, e o orbicular dos olhos, que só entra em ação quando o sentimento é genuíno.
Já os sorrisos falsos - também chamados não-Duchenne - usam apenas os músculos da boca. É aquele sorriso que dás quando tiras uma selfie mal disposto ou quando cumprimentas alguém de quem não gostas assim tanto.
De acordo com o site "The Conversation", a grande diferença está no comando que dá a ordem ao sorriso. Os sorrisos genuínos vêm do sistema límbico, o lado emocional do teu cérebro. Já os sorrisos "de etiqueta" nascem no córtex motor, ou seja, são conscientes e controlados.
Então, se é possível perceber a diferença, devemos abolir os sorrisos falsos? Nada disso! Os sorrisos sociais têm um papel fundamental: ajudam a manter a paz, mostram respeito e tornam as interações menos estranhas. O problema aparece quando tens de os manter durante muito tempo - por exemplo, em trabalhos de atendimento ao público - o que pode causar cansaço emocional e até stress.
Por isso, da próxima vez que quiseres perceber se alguém está mesmo feliz, não olhes só para a boca. Olha para os olhos. São eles que contam a história toda.