É oficial: a forma como pagamos o Imposto Único de Circulação (IUC) vai mudar - e de forma bem mais radical do que a simples troca de um prazo. A partir de 1 de janeiro de 2026, o pagamento do IUC deixa de estar ligado ao mês da matrícula do carro e passa a ter datas fixas para todos os contribuintes, segundo avança o site Razão Automóvel.


Durante anos, o IUC foi uma espécie de "aniversário do carro". O carro era de agosto? O imposto era pago em agosto, e assim sucessivamente. Só que, com o tempo, essa lógica começou a criar esquecimentos, em parte porque os veículos novos já não exibem o mês e ano na matrícula, o que retirou esse lembrete visual que tantas pessoas usavam.


Com o novo modelo, o pagamento passa a acontecer até ao fim de fevereiro de cada ano, independentemente da matrícula do automóvel. Mas há nuances: se o valor do IUC for superior a 100 euros, o contribuinte pode optar por pagá-lo em duas vezes - metade até fevereiro e a outra metade até outubro. Quem preferir, pode continuar a pagar tudo de uma vez, em fevereiro.


Segundo o Governo, este novo sistema foi desenhado para evitar esquecimentos e multas por atraso, tornando o processo mais simples, previsível e justo.


E se tiveres um carro elétrico? Nada muda para ti: estes veículos continuam isentos de IUC, mantendo o incentivo à mobilidade sustentável.


Mas atenção: mesmo com esta grande mudança, o calendário das inspeções periódicas obrigatórias (IPO) mantém-se igual. Por isso, os veículos continuam a ser inspecionados no mês da sua primeira matrícula, sem alterações.


Quanto às formas de pagamento, podes continuar a pagar online, através do Portal das Finanças, usando a Chave Móvel Digital ou o Cartão de Cidadão, ou presencialmente nos CTT, bancos autorizados ou serviços das Finanças, com o Documento Único Automóvel na mão.


Em resumo: o "aniversário fiscal" do carro muda-se para fevereiro. É menos lírico, talvez, mas mais fácil de lembrar. Já o "check-up" do carro continua a ser feito no mês em que ele "nasceu".