O palco do RFM Sem Olhar a Quem recebeu a Margarida Valente, uma jovem cega, licenciada em Línguas e Literaturas, que está a pôr em prática um projeto inovador para tornar museus e monumentos mais acessíveis a pessoas com deficiência.
Acompanhada pela sua cadela-guia Fusca, Margarida trouxe uma mensagem clara: o acesso à cultura ainda tem muito caminho a percorrer. No seu projeto, no Museu Nacional do Traje, propõe soluções concretas e criativas.
Durante a sua participação, dinamizou ainda um jogo interativo com os ouvintes: deu pistas sobre um objeto que estava a tocar, e os ouvintes tinham de adivinhar. Spoiler: eram auscultadores.
Para Margarida, a inclusão não passa por separar, mas por unir: "As visitas têm de ser para toda a gente. Não devemos separar mas para cegos e outras para surdos. Devemos ter convivência com todos. Não separar em caixinhas".
E deixou um apelo simples, mas que vale ouro: "Não há que ter medo de falar com pessoas com deficiência, somos pessoas normais".