Temperaturas acima dos 40ºC em Portugal e Espanha, e avisos vermelhos por toda a Europa. O cenário repete-se, mas há uma expressão que ajuda a explicar o que está por detrás destas ondas de calor: "cúpula de calor".


Segundo os meteorologistas, trata-se de uma massa de ar quente presa sob uma área de alta pressão atmosférica, que impede a circulação normal do ar. Esta espécie de "tampa" bloqueia os ventos e impede a formação de nuvens, provocando dias consecutivos de sol intenso e calor extremo, segundo a "SIC Notícias".


Deste modo, as temperaturas disparam, o solo seca num instante e, claro, os ventiladores esgotam em todas as lojas.


E as alterações climáticas estão mesmo no centro da equação. Este tipo de fenómenos sempre existiu, mas agora são mais intensos, mais longos e mais frequentes, de acordo com o programa europeu Copernicus.


A Europa está a aquecer duas vezes mais depressa do que o resto do mundo. E os dados falam por si: o mês de junho foi o mais quente de sempre em Espanha, e Portugal já bateu recordes, com 46,6 °C no Alentejo.


A "cúpula de calor" é, assim, mais do que uma curiosidade meteorológica. É um alerta real de que já estamos a sentir os efeitos do aquecimento global. Portanto, se estás a suar só de ler este texto... não és só tu.