Na edição impressa de 12 de julho do jornal espanhol "El Mundo", uma página quase vazia prendeu a atenção dos leitores como poucas vezes se viu. No espaço em branco, apenas cinco linhas escritas por alguém que preferiu manter-se no anonimato. Uma homenagem simples, mas profundamente comovente, dedicada a "Lola", a sua mulher que morreu há vinte anos.
A mensagem, com apenas 194 caracteres, dizia: "Querida Lola, meu amor, faz hoje vinte anos que partiste. Todos os dias e todas as noites pensei em ti, e sonhei contigo. Jamais haverá um ser humano como tu. Só quero estar contigo. Amo-te".
O anonimato do autor despertou a curiosidade dos leitores: quem terá escrito o texto? Quem foi Lola? Terá morrido, ou afastou-se da vida de alguém que nunca a esqueceu? A falta de detalhes só adensou o mistério e tornou a homenagem ainda mais poderosa.
Comprar uma página do "El Mundo" custa 20 mil euros e este homem não hesitou um segundo. O mais surpreendente é que não foram precisas imagens, nomes ou grandes discursos. Bastaram cinco linhas para comover um país inteiro - e recordar-nos que o amor, quando é verdadeiro, resiste até ao silêncio.









