Se acordas cansada(o), já a sonhar com a próxima sesta, se passas o dia a contar cafés e dás por ti a bocejar em reuniões (mesmo nas que tu própria(o) marcaste), talvez estejas a viver um clássico dilema moderno: fadiga ou cansaço?
À primeira vista parecem sinónimos (tipo “tremoço” e “petisco”) mas há diferenças importantes. E saber qual dos dois te anda a roubar a energia pode ser o primeiro passo para recuperá-la.
Cansaço: o clássico pós-dia puxado
O cansaço é aquele velho conhecido que aparece depois de um dia intenso, uma noite mal dormida ou uma maratona de séries de “só ia ver um episódio”. É desconfortável, sim, mas previsível. E o melhor? Vai-se embora com uma boa noite de sono, um fim-de-semana de descanso ou uma escapadinha para fora da cidade.
Fadiga: o primo dramático que nunca vai embora
Já a fadiga é mais teimosa. É uma sensação de exaustão profunda, física e mental, que não desaparece com descanso. Segundo a Clínica WA, pode estar ligada a causas mais complexas: stress crónico, défices vitamínicos, distúrbios hormonais ou até doenças autoimunes. Ou seja, não é só “sono acumulado”, é o corpo a pedir ajuda com um megafone.
Como distinguir?
- Cansaço: aparece depois de esforço, melhora com descanso.
- Fadiga: está sempre lá, mesmo depois de dormir 10 horas e dizer “não” a todos os convites sociais.
Se te sentes constantemente sem energia, sem motivação e com aquela sensação de “não consigo”, talvez seja hora de trocar o “vou dormir mais cedo” por um “vou marcar uma consulta”.
E o que fazer?
- Dorme bem (mas não em excesso).
- Alimenta-te com equilíbrio (sim, os legumes também contam).
- Faz pausas reais (scrollar no telemóvel não é descanso).
- Consulta um profissional se a fadiga persistir.
Se o teu corpo anda a pedir férias mesmo depois das férias, talvez esteja na hora de ouvi-lo. E se for só cansaço, uma sesta nunca fez mal a ninguém. Mas se for fadiga, trata disso com carinho e com ajuda.









