Em 1958, uma mãe portuguesa, Maria Luísa Almeida Alves, viajou até Inglaterra em busca de esperança para o seu filho com paralisia cerebral. Inspirada pelo que viu num centro de reabilitação em Londres - e determinada a mudar o que existia em Portugal - regressou com uma missão: criar um espaço onde crianças com paralisia cerebral pudessem receber os cuidados e a dignidade que merecem.
Do seu sonho, e do esforço conjunto de médicos, pais e visionários como o Dr. Teixeira de Abreu e o Dr. José Mateus Marques, nasceu em 1960 a Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APPC) que, em Lisboa, viria a dar origem à Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa (APCL).
Desde então, passaram 65 anos de um caminho construído com coragem, persistência e amor.
Com o apoio de entidades como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a Fundação Calouste Gulbenkian, a APCL cresceu e inspirou a criação de centros em todo o país - de norte a sul, nas ilhas e no continente - transformando a forma como Portugal olha para a reabilitação, a inclusão e a autonomia das pessoas com paralisia cerebral.
Hoje, a APCL continua fiel à sua missão de "trabalhar com, para e em favor das pessoas com paralisia cerebral e suas famílias", oferecendo respostas sociais e equipamentos que acompanham cada etapa da vida, desde a infância até à idade adulta.
São mais de 280 utentes apoiados, 194 pessoas acompanhadas diariamente e 208 profissionais e técnicos dedicados a fazer da inclusão uma prática real - e não apenas uma palavra.
Como recorda Odete Nunes, Diretora Técnica do Centro Nuno Belmar da Costa: "Celebrar 65 anos é uma forma de honrar todos os que fizeram parte deste caminho e de reafirmar o nosso compromisso com o futuro das pessoas com paralisia cerebral".














