Vários estudos indicam que, em média, as mulheres precisam de mais tempo de sono do que os homens. Isso deve-se a fatores biológicos, hormonais e comportamentais que tornam o descanso noturno essencial para o equilíbrio físico e mental.


De acordo com a nutricionista Saloni, o cérebro das mulheres tende a desempenhar várias tarefas em simultâneo, o que exige mais esforço cognitivo e, por isso, mais tempo de recuperação. O cérebro feminino alterna constantemente entre funções profissionais, familiares e emocionais, provocando um desgaste maior. Dormir mais ajuda a recuperar desse esforço diário.


As flutuações hormonais também desempenham um papel importante. As alterações nos níveis de estrogénio e progesterona, especialmente antes da menstruação, podem prejudicar a qualidade do sono, causando insónias e maior agitação. Durante a gravidez e a menopausa, o corpo feminino precisa ainda mais de descanso para se adaptar às mudanças físicas e hormonais, segundo o site 'Only My Health'.


O processamento emocional também é relevante. Estudos mostram que as mulheres processam mais informação emocional ao longo do dia, aumentando a necessidade de sono REM, que regula as emoções e ajuda a consolidar a memória.


Investigadores da Duke University e do Centro de Pesquisa do Sono da Universidade de Loughborough, no Reino Unido, chegaram à mesma conclusão: as mulheres precisam, em média, de 10 a 20 minutos extra de sono por noite. Embora pareça pouco, esse tempo é suficiente para melhorar a recuperação cognitiva e emocional.


Os especialistas alertam ainda que a privação de sono tem impacto mais severo na saúde mental das mulheres, aumentando o risco de irritabilidade, ansiedade e depressão.


Os especialistas recomendam dormir entre sete horas e meia e nove horas por noite, manter rotinas consistentes, ter uma alimentação equilibrada e adotar estratégias de gestão do stress.