Dentro das quatro linhas, tudo pode acontecer. Há jogos que chegam a ser insólitos, tais são as peripécias que podem acontecer. Neste caso, o árbitro, o zambiano Janny Sikazwe, foi o protagonista deste jogo entre a Tunísia e o Mali, no Campeonato Africano das Nações, que decorreu no Estádio Limbe, Camarões.
Janny Sikazwe terminou o jogo duas vezes antes do tempo regulamentar e instalou-se o caos com a fúria dos adeptos e treinadores.
O primeiro apito final deu-se aos 86 minutos. Os tunisinos mostraram a sua indignação, a confusão geral instalou-se e o tempo foi retificado logo de seguida. O jogo prosseguiu e ficou no ar se o árbitro tinha feito mal as contas ou se estava apenas com pressa.
Porém, e quando menos se esperava, Janny Sikazwe voltou a dar o apito final aos 89 minutos e 49 segundos, quando faltavam 11 segundos para os 90 e o tempo extra. E, nesse momento, nem os gritos do plantel e da equipa técnica tunisinos no relvado o demoveram. A decisão estava tomada.
Este foi um jogo com muita coisa a acontecer, para além da diferença horária do árbitro. Só na segunda parte, houve um penálti assinalado, uma expulsão com recurso à visualização das imagens do VAR e nove substituições. E mais, depois do segundo apito final, a Confederação Africana de Futebol interrompeu a conferência de imprensa do selecionador do Mali para lhe dizer que o jogo seria reatado. Os jogadores malianos regressaram ao campo, mas a Tunísia recusou voltar a jogar e o jogo deu-se aí, oficialmente, por terminado, com a vitória do Mali por 1-0.
Agora, foi avançado um motivo que pode explicar o comportamento do árbitro. O canal egipcio Kora Plus, que cita o patrão dos árbitros do Campeonato Africano das Nações 2021, avança que Essam Abdel-Fatah, o árbitro zambiano, poderá ter sido vítima de uma insolação e perdido o foco ao longo do jogo.