Este sábado foi um dia de grande festa para a banda ucraniana Kalush Orchestra. Apesar do momento delicado que a Ucrânia vive, estes cantores conseguiram estar presentes em Turim para a final da Eurovisão e saíram de lá com nada mais, nada menos, que o troféu. Foi uma vitória que, apesar de ser previsível para muitos, não deixou de ser bonita. Viu-se o apoio dos outros países concorrentes à Ucrânia e mostrou-se uma forte união, apesar da competição inerente.
Fez-se a festa, cantou-se e foi altura de regressar à Ucrânia. O líder da banda, Oleh Psiuk, já anunciou o destino do troféu: leilão para angariar dinheiro para ajudar o exército ucraniano. Um forma muito simbólica de a Eurovisão ajudar este país que está em guerra há três meses.
O videoclipe oficial da música que a banda levou ao Eurovisão, e com a qual venceu o concurso, é também um espelho dos dias que se vivem atualmente na Ucrânia. Na descrição do vídeo, a banda escreveu: "Se Stefania é agora o hino da nossa guerra, gostaríamos que se tornasse o hino da nossa vitória". A música, que é uma homenagem às mães, tornou-se num hino às mulheres e crianças que vivem os horrores da guerra.
Zelensky mostrou-se, nos seus canais de comunicação, confiante e esperançoso de um futuro em que a Eurovisão poderá ir em segurança à Ucrânia: "No ano que vem, a Ucrânia será a sede da Eurovisão. Faremos todo o possível para receber algum dia os participantes e convidados da Eurovisão numa Mariupol ucraniana. Livres, pacíficos e reconstruídos!".
Para saírem da Ucrânia e ir à Eurovisão, a banda precisou de uma autorização especial, uma vez que a lei marcial impede de sair da Ucrânia todos os homens entre os 18 e os 60 anos. Agora, de regresso ao país, a banda prepara-se para ir para o exército e lutar pelo seu país.