O jogo desta segunda-feira, entre Portugal e Uruguai, teve muitas emoções. Primeiro para Cristiano Ronaldo, que achou que tinha marcado um dos golos da seleção, e depois para nós que não só vimos o nosso país a ganhar como ainda assistimos a um momento de protesto.

Durante o jogo, um homem, com uma camisola de apoio à Ucrânia e às mulheres do Irão - lia-se "salvem a Ucrânia" e "respeito pelas mulheres iranianas" - e uma bandeira LGBTQIA+ na mão, invadiu o campo, como forma de protesto. Depois de protagonizar um dos momentos da noite, a curiosidade voltou-se para este ativista. Afinal quem é ele?



Chama-se Mario Ferri, é italiano, jogador de futebol amador, mas tornou-se mais conhecido pelos seus protestos. Esta não é a primeira vez que invade um campo de futebol durante um jogo. No Mundial no Brasil, em 2014, Mario Ferri invadiu o jogo entre a Bélgica e os Estados Unidos com uma mensagem escrita na camisola dedicada à população brasileira: “Salvem as crianças da favela”.


Em outubro de 2010, invadiu o jogo para a Liga dos Campeões entre o AC Milan e o Real Madrid. Passados dois meses, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, interrompeu a final da Taça do Mundo de Clubes, entre o Inter de Milão e o Mazembe do Congolside ao entrar em campo com uma t-shirt do super-homem com a expressão "free sakineh", uma referência à mulher iraniana que na altura estava em risco de ser apedrejada até à morte.


Neste último protesto - que, na verdade, foram três - no Catar, Mario Ferri foi preso e retirado do campo pelos seguranças. Entretanto, já foi libertado e proibido de assistir a mais jogos deste Mundial.



(Imagem: Reprodução vídeo Instagram)