O grito de desespero da atriz Joana Alvarenga ouviu-se, na semana passada, através de uma publicação que fez no Instagram. Perante a impotência de ajudar a avó, que estava há cinco dias nas urgências do hospital sem ser atendida, decidiu usar a sua voz pública para chamar a atenção para o que estava a acontecer. Esta segunda-feira, foi entrevistada por Manuel Luís Goucha, que também não ficou indiferente e lançou duras críticas ao estado do Serviço Nacional de Saúde.


A avó de Joana Alvarenga tem 90 anos e, no dia 1 de janeiro, caiu e partiu o fémur. Dirigiu-se ao hospital, onde ficou cinco dias, deitada numa maca, nos corredores das urgências, à espera para ser atendida. A falta de camas no hospital atrasou todo o processo e Joana Alvarenga refere que a médica lhe disse que a avó dela poderia esperar três semanas para ser operada. Ao ver a sua avó, nestas condições, Joana Alvarenga contou toda a situação, nas redes sociais, que acabou por se tornar viral.



Esta segunda-feira, a atriz foi entrevistada por Manuel Luís Goucha que, ao ouvir todos os pormenores desta história, também não conseguiu ficar indiferente e lançou duras críticas ao Serviço Nacional de Saúde.


"Mesmo que fosse um jovem, as pessoas não têm que ficar nos corredores. As pessoas não têm que ficar em macas, porque é para isso que pagamos os impostos", afirmou. "É uma questão de gestão, é uma questão de meios que faltam, é uma questão de verbas que faltam... Então mudemos as coisas. Reforme-se, reestruture-se. Faltam reformas neste país."

Vê o momento aqui, ao minuto 2:40.



Depois deste grito de desespero, que chamou a atenção de toda a comunicação social, a avó de Joana Alvarenga foi operada, no dia seguinte.