Conduzir em Lisboa poderia ser considerado um desporto radical. Em vez de saltos de paraquedas ou corridas de motocross, temos rotundas apertadas, ruas de calçada que mais parecem montanhas-russas e um trânsito que faria qualquer piloto de Fórmula 1 reconsiderar a sua carreira.

E é por isto e muito mais que Lisboa é considerada a segunda cidade europeia mais stressante para conduzir. Recentemente, um estudo da Discovercars revelou que Lisboa é a segunda pior cidade europeia para conduzir, ficando atrás apenas de Oslo, na Noruega.

Para chegar a esta conclusão, a empresa resolveu medir a frequência cardíaca dos condutores durante uma viagem de 30 minutos pela cidade e, como esperado, os resultados foram hilariantes (ou trágicos, dependendo do ponto de vista).

Por norma, o ritmo cardíaco dos condutores começa nos 80 bpm, mas assim que metem a chave na ignição e se aventuram nas ruas da capital, o coração já está a bater como se estivesse a fugir de um touro bravo em Pamplona. Num ponto crítico da viagem, o ritmo cardíaco atinge os 134 bpm. Isso é mais do que a média de uma pessoa a correr na passadeira do ginásio – e tudo o que o condutor fez foi tentar encontrar estacionamento na Baixa.


Adedeji Saheed, médico especializado em medicina interna, analisou os dados e confirmou que esse nível de batimento cardíaco é "normal" dentro dos padrões de Lisboa.
Mas nem tudo é desespero ao volante na nossa capital. Uma viagem pela costa até Cascais ou Estoril oferece vistas deslumbrantes do Atlântico, onde podes parar para respirar (e deixar o coração acalmar) enquanto observas as ondas do mar. A rota até Sintra, com os palácios e castelos, é outra oportunidade para um passeio mais tranquilo – desde que evites as horas de ponta, claro. Aí, já é outra conversa. Até mesmo os sítios mais idilicos conseguem transformar-se num caos, na hora do trânsito.


E se achas que a condução em Lisboa é um desafio, lembra-te sempre que poderia ser pior. Poderias estar em Oslo, onde a taxa de stress é ligeiramente superior.

Em terceiro lugar, ficou Milão, em Itália, onde o batimento cardíaco máximo a conduzir pode atingir 99 bpm.


As restantes cidades registadas foram:
4. Londres, Reino Unido
5. Budapeste, Hungria
6. Munique, Alemanha
7. Praga, República Checa
8. Barcelona, Espanha
9. Cracóvia, Polónia