Está quase na hora das eleições europeias. Para quem não esta a par das eleições, no domingo há eleições para eleger um representante de Portugal na Europa. No fundo é uma espécie de eurovisão com menos fogo de artificio, fatos menos divertidos e menos polémica.

Confesso que tudo o que mete política deixa-me sempre com dúvidas. É que eu sei muito pouco e por isso fico confuso.

Por sorte, o jornal Observador arranjou uma forma infalível de eu escolher um candidato… as playlists deles!!!

Ok, escolher um candidato com base na playlist é ridículo e espero que ninguém o faça, mas há uns resultados engraçados.

Por exemplo, este som: À procura de Perfeita repetição… é de que candidato?


É isso mesmo, do OG da política, Sebastião Bugalho, Boy! (Tiros para o ar)

Olhando bem, o Bugalho, da AD, é hip-hop e o hip-hop é Bugalho. Preconceitos à parte (diz Duarte antes de ser 100% preconceituoso), o Bugalho parece uma pessoa que quando encontra um amigo do hip-hop diz “Olá meu comparsa urbano! Tens ouvido cantigas estilo rap na telefonia?”.

Dito isto, “props” para ele porque é um Sam the Kid é bom som.


Marta Temido, do PS, tem um “À minha Maneira” (xutos e pontapés), que me parece uma ode à forma como lidou com o SNS. E também mete na playlist o genérico do “Sítio do Picapau amarelo” (era uma série de televisão).

E faz sentido, porque ela foi ministra da saúde… por isso aconselha o genérico. No fundo é o mesmo princípio ativo, mas mais barato.


O António Tânger Corrêa, do Chega, tem muita música francesa. Tem por exemplo, Tous les Garçons et les Filles, de Françoise Hardy, que é uma música bem bonita… A playlist é uma espécie de um quadro musical de outros tempos. Uma banda sonora nostálgica de um filme a preto e branco… vá, mais branco.

Pequeno à parte: Tânger é uma cidade portuária em Marrocos que é, historicamente, um ponto de passagem entre África e a Europa. (será que quando assina o nome pensa… se calhar sou parte do problema)


João Cotrim de Figueiredo, da IL, tem a 3ª Sinfonia de Johannes Brahms e faz sentido porque tem “vibe” de artistocrata. Tem ar de quem, onde quer que entre, entra a cavalo. Também lá está o Uptown Funk do Bruno Mars, porque é aristocrata, mas também é um tio divertido, que acaba o casamento com a gravata na cabeça.


A Catarina Martins, do BE, tem um rol de boas músicas entre as quais a música da Capicua Que Força é essa amiga… e realmente que força é essa? É A FORÇA DO POVO, CATARINA! (sobre isto não tenho mais nada)


Já o João Oliveira, do PC, quando lhe pediram a playlist dele, ele respondeu “a minha playlist? Não tenho. Só tenho… A NOSSA PLAYLIST!!! COMUNISMO!!!”

Tem boas canções também. Todos têm.


Francisco Paupério, do Livre, tem um bom Kendrick Lamar, e também tem Sam the kid. Olhando para o Paupério com atenção, tudo nele também grita hip-hop, portanto imagino que aquela conversa fictícia do Bugalho com o comparsa urbano dele era com o Paupério.


Por último, nesta lista do Observador, está o candidato do Pan, Pedro Fidalgo Marques, que me parece honesto. Apresenta uma Taylor Swift, Katy Perry, Lucenzo (danza kuduro), Lady Gaga, Jennifer Lopez… isto é a lista de um homem que não tem vergonha. É honesta. “Ahhh querem o que eu ouço? Não vou fingir que sou intelectual, vou mandar o que sinto!” ´

Respeito!

Agora…. isto ajudou a saber em quem votar?

Não. Mas domingo estamos lá na mesma.