Outubro é sempre um mês especial para quem já passou por um cancro de mama ou viveu de perto um caso com alguém que lhe é querido.

É um mês em que o alerta para esta doença que, infelizmente, atinge cada vez mais mulheres (sobretudo) até em idades mais jovens. E, apesar de ser necessária uma constante vigilância e atenção ao nosso corpo todo o ano, é o mês rosa que nos lembra que a prevenção será sempre o maior aliado no sucesso e num processo de cura. Porque se sabemos que, hoje em dia, as coisas estão mais evoluídas e que os processos podem ser cada vez mais individualizados, no sentido em que um tratamento não serve todos, sabemos que encontrar um tumor numa fase inicial, será sempre o maior garante de cura.

Por isso é que não me canso de continuar a sublinhar que: a palpação deve ser uma rotina mensal, que os exames que adiamos tantas vezes devem ser feitos… ontem! E que não há necessidade de termos medo do que possa vir a acontecer, porque ninguém está livre de ter um diagnóstico que não quer ouvir.

Porém, uma avaliação bem feita, ou um acompanhamento de uma mama mais problemática podem ser a nossa salvação.

Foi exatamente esse o processo que vivi! Descobri a tempo que um tumor podia ser controlado, removido e deixado lá atrás no passado. Sabendo eu que foi a minha atenção ao meu corpo que me deu a oportunidade de poder estar hoje aqui a escrever-te estas palavras, volto a deixar-te esta pergunta: tens tudo em dia? Estás atenta/o?

O nosso corpo dá sinais, está feito para viver sem desconfortos e sem anomalias, portanto… não deixes para depois.

Trata de ti, arranja tempo para ti e para perceberes se a máquina está oleada e com tudo no devido lugar.

E para quem possa estar neste momento a ler este texto e está a passar por um processo de cancro de mama deixo o meu abraço, a minha força e lembra-te que o pensamento deve ser sempre: é um processo, vai correr bem. E valerá sempre a pena ter a felicidade de acordar de manhã para enfrentar mais um dia.


Joana Cruz