Há cada vez mais países a decretarem a semana de quatro dias de trabalho (alô, Portugal?). Já estão mais do que provadas as vantagens desta medida: promove a felicidade no trabalho, aumenta a produtividade, proporciona um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, entre outros. Motivos não faltam para adotar esta nova forma de trabalhar.
Em Tóquio, redefiniu-se o conceito de "trabalhar para um futuro melhor" ao introduzir uma semana de quatro dias para funcionários públicos com um objetivo tão audacioso quanto fascinante: fazer mais bebés. Sim, leste bem. Agora, os japoneses podem usar o tempo extra para aumentar a população e, quem sabe, ganhar um prémio de produtividade… no berçário!
Mas, enquanto uns celebram a medida como a solução para a crise populacional, outros perguntam: será que três dias de descanso serão suficientes para convencer os japoneses a trocar o telemóvel por fraldas? A cultura de trabalho japonesa é famosa pela devoção quase religiosa às empresas, onde passar menos de 12 horas no escritório pode ser visto como traição. Até têm uma palavra para morte por excesso de trabalho: karoshi. Agora, imagina mudar essa mentalidade para "três dias de descanso para namorar, ver Netflix e... procriar".