Pessoas que adoram ir à neve ou aqueles que não sabem comer com pauzinhos: são muitas as irritações da Pipoca Mais Doce

Primeiro, a epopeia dos pauzinhos. Há quem insista em usá-los como se estivesse a manipular pinças cirúrgicas ou, pior, como se fossem baquetas de bateria num concerto improvisado no meio do sushi. Nada contra o esforço, mas há um limite para a quantidade de sashimi que pode ser arremessada pela mesa antes que alguém intervenha.

Depois, o fascínio inexplicável por destinos gelados. Os obcecados pelo ski não se limitam a gostar de desportos de inverno – fazem questão de evangelizar os restantes mortais, como se deslizar de propósito para o chão fosse uma experiência quase espiritual. "Tens de experimentar!" dizem, ignorando o facto de que pagar para cair de forma dolorosa enquanto se congela não é propriamente um conceito universalmente apelativo.

E, para fechar com chave de ouro, o fenómeno mais intrigante da biologia humana: a urgência em fazer xixi que surge no exato momento em que se está a chegar a casa. O cérebro pode coordenar ações complexas, mas aparentemente não é capaz de gerir uma bexiga por mais 30 segundos sem entrar em modo de emergência assim que a porta de entrada fica à vista. É uma corrida contra o tempo que muitas vezes acaba em desfecho dramático.

Assim se passou mais uma sessão de queixas terapêuticas da Pipoca no Café da Manhã da RFM. Para a semana, certamente haverá mais alvos prontos a serem dissecados. Afinal, o mundo nunca desilude quando o assunto é dar razões para revirar os olhos.