Nas últimas semanas, Hong Kong deixou de poder usar o TikTok, a Índia baniu-o, a Austrália diz estar a considerar adotar a mesma medida e o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, acusou a aplicação de "colocar as informações privadas dos utilizadores nas mãos do Partido Comunista Chinês".
"Proibir aplicações é uma medida extrema que não vai ao encontro da lei internacional de direitos humanos”, afirma Peter Micek, especialista em direitos humanos digitais à Vice.
No passado, o TikTok já foi acusado de censura política. Feroza Aziz, de 17 anos, fez um vídeo no TikTok, onde usou um alegado tutorial de beleza para expor as perseguições que estavam a acontecer na China.
A jovem viu o seu vídeo eliminado pela aplicação e queixou-se que esta não era a primeira vez que o seu conteúdo era censurado. O TikTok pediu desculpa a Feroza Aziz e disse tratar-se de um erro humano. Um porta-voz da aplicação explicou à BBC que “não modera o conteúdo devido a sensibilidades políticas”.
TikTok tem mais sucesso do que o Facebook
O TikTok é a primeira grande empresa estrangeira de redes sociais a ter sucesso nos Estados Unidos. Foi a aplicação mais descarregada em 2019 e a maioria dos jovens usa mais o TikTok do que o Facebook. Por isso, esta aplicação pode vir a ser uma ameaça para as redes sociais como o Facebook, Instagram ou Youtube.
Certo é que o Tik Tok está a gerar um forte debate público.