As novas restrições para os próximos dois fins de semana, nos 121 concelhos – recolher obrigatório a partir das 13h até às 5h - apanharam todos de surpresa, principalmente a restauração. Com os fins de semana a representar cerca de 70% da faturação, os restaurantes ficam, agora, confinados ao take-away, que não se revela suficiente para manter os negócios. “Ter take-away é como tentar encher uma piscina com um copo de água” disse o proprietário de um restaurante, numa entrevista ao Público.


Apesar dos protestos dos empresários da área da restauração, o primeiro-ministro já fez saber que não vai alterar as horas do recolhimento obrigatório nos próximos dois fins de semana. Perante esta situação, as Câmaras de Matosinhos e do Fundão decidiram atuar.


“Esta medida servirá de apoio à restauração, que é profundamente afetada pelas novas medidas de restrição, e ao mesmo tempo irá reduzir o preço a pagar pelos habitantes que decidirem encomendar a sua refeição”, explica o presidente da autarquia do Fundão, Paulo Fernandes, citado na nota de imprensa a que a Lusa teve acesso.



Em Matosinhos, o take-away municipal resulta, segundo o Expresso, de uma parceria entre a autarquia e a Cooperativa de Táxis de Matosinhos, que pôs ao serviço de entregas 75 táxis.


Assim, o cliente liga para o restaurante, faz a encomenda, dá a morada de entrega e escolhe o método de pagamento (ou diretamente ao restaurante através de meios digitais, ou em dinheiro, entregue ao taxista).

As entregas são feitas em todo o concelho de Matosinhos e em mais 54 freguesias dos concelhos da Maia, Vila do Conde, Gondomar e Porto, num raio de 5km a contar desde os limites do concelho de Matosinhos.

Estas iniciativas são um verdadeiro dois em um: beneficiam os restaurantes e os habitantes. Numa altura como esta, é importante unir esforços para manter os negócios.