"O cd da Resistência era a minha mesinha de cabeceira” - Tiago Nogueira, dos Quatro e Meia, à RFM
TIAGO NOGUEIRA DOS QUATRO E MEIA ESTEVE NA RFM, A PROPÓSITO DA ELEIÇÃO DA “MAIOR BANDA POP PORTUGUESA DE TODOS OS TEMPOS”
A propósito da eleição da “Maior banda pop portuguesa de todos os tempos” reunimos numa conversa, no auditório da RFM, várias pessoas ligadas à música entre as quais membros de algumas das mais populares bandas do momento como Tiago Nogueira dos Quatro e Meia.
Tiago Nogueira é um dos seis músicos dos Quatro e Meia - uma das mais novas bandas de sucesso em Portugal
Vindos de Coimbra, os Quatro e Meia viram os seus dois primeiros álbuns, em 2017 e 2020, entrar diretamente para o número 1 do top de vendas nacional. Só com um álbum editado, ”Os Pontos nos Is”, sem publicidade nem referências na comunicação social, Os Quatro e Meia esgotaram, em 2018 e 2020, os Coliseus de Porto e Lisboa, o Campo Pequeno e a Superbock Arena. No final de 2020, os Quatro e Meia lançaram o seu segundo álbum, ”O Tempo vai esperar” (com participações de Carlão e Tatanka) , e receberam mais 2 discos de ouro.
Agora, os próximos objetivos do sexteto são um concerto de consagração, dia 25 de junho de 2022, no Estádio Cidade de Coimbra e mais um álbum de originais do qual já conhecemos “Olá Solidão”.
Tiago Nogueira foi um dos convidados do primeiro “RFM Sumeet” realizado no auditório da rádio, dia 21 de Outubro, uma conversa moderada pelo Daniel Fontoura e Teresa Lage, em que participaram aindaMiguel Ângelo, dos Delfins e Resistência, Vasco Sacramento, diretor da Sons em Trânsito e David Ferreira, atual radialista e ex-editor de grande parte das maiores bandas pop portuguesas das últimas décadas. O tema era “Bandas: uma espécie em vias de extinção?” e o resultado foi uma noite cheia de histórias de bandas… contadas por quem as viveu de perto.
Sobre a vida na estrada, quando Miguel Ângelo confessou que era bem mais agradável andar em digressão com uma banda do que ter de jantar e viajar sozinho, Tiago Nogueira não de mostrou propriamente entusiasmado com a companhia dos seus colegas dos Quatro e Meia…
(13’.20’’) “Os meus colegas são insuportáveis não vejo essa beleza de andar na estrada com eles”
No entanto, mais a sério, acabou por concordar que a sua banda era acima de tudo o seu grupo de amigos
(13'.52'') “Eu pessoalmente acabei por criar uma banda com mais cinco amigos. Isso é uma mais-valia e é algo que mais nada na música me pode trazer em termos de experiência. Claro que posso conhecer músicos por quem tenho uma admiração muito superior que são muito melhores músicos que aqueles cinco que me acompanham sempre, mas nada irá substituir aquilo que sãos os laços naturais que nós construímos antes de ter uma banda. Eu vejo a banda como um espaço onde eu estou quase em família. Nuns dias amamo-nos noutros queremos esganar-nos”
Mas, ao que parece, a ideia inicial destes 6 amigos nem era criar uma banda
(14´42’’) “Nós conhecíamo-nos do tempo de faculdade. Foi aí que começámos a tocar juntos. Nunca pensámos formar uma banda porque não contávamos ser músicos”
(15’.27’’) “De repente tínhamos uma banda e não tínhamos tido essa decisão sequer” A banda surgiu como quando levamos um cão pequenito para casa e nos dizem que ele não vai crescer e vamos acomodando a nossa vida para que o cão vá cabendo”
Nesta conversa sobre “Bandas Uma espécie em vias de extinção?” Tiago Nogueira falou da importância dos espetáculos ao vivo e dos novos caminhos que nascem da diversidade numa banda.
(30'.56'') “A interação em palco é que faz a banda” “é aquela interação que existe no nosso caso entre amigos que nos dá aquele entrosamento e, ao mesmo tempo, uma cumplicidade que provavelmente quem atua a solo não tem com os músicos”
(45'.59'') “Uma das grandes vantagens que uma banda tem, por oposição a um músico a solo, é que o facto de sermos vários faz com que às vezes alguém nos diga “Não é por aí. O que estás a fazer é uma parvoíce completa” E isso acontece-nos com alguma frequência”
Hoje Tiago faz parte de uma banda… e foi com uma superbanda que despertou (no sentido literal) a sua paixão pela música.
(58'.15'') “A resistência foi o primeiro cd que existiu em minha casa. Lembro-me de os meus pais comprarem a primeira aparelhagem e de a porem num móvel que o meu avô tinha construído. E eu dormia na sala e o cd da resistência era a minha mesinha de cabeceira”
Mas qual é afinal para Tiago Nogueira, além dos Quatro e Meia, “A maior banda pop portuguesa de todos os tempos”? … a melhor ou as duas ou três melhores…
Para descobrires avança no vídeo até ao minuto 1h 18’05’’ … desta conversa
E a tua banda pop portuguesa preferida, qual é?
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