Varíola dos macacos: é hora de nos preocuparmos?
NOS ÚLTIMOS DIAS, NÃO SE OUVE FALAR NOUTRA COISA. É A PRIMEIRA VEZ DE SEMPRE QUE PORTUGAL REGISTA CASOS DE VARÍOLA DOS MACACOS E ISSO ESTÁ A GERAR ALGUMA PREOCUPAÇÃO
Ainda não recuperámos da Covid-19 e já somos confrontados com um outro vírus que está a crescer em Portugal e noutros países. Neste momento, estão confirmados, em Portugal, 23 casos de varíola dos macacos. Este número tem crescido e a preocupação relativamente a este vírus também.
O que é a varíola dos macacos? Poderemos estar perante um vírus que nos pode pôr perante um isolamento geral? Quais os sintomas? E a origem?
A varíola dos macacos já existe desde 1958
A varíola dos macacos não é uma doença nova. É conhecida desde 1958, quando foi identificada em macacos de origem asiática - daí o nome. Só em 1970 é que foi verificado este vírus em humanos, na República do Congo.
Segundo o site da Cuf, o que torna a doença agora diferente é o facto de não serem conhecidas ligações epidemiológicas a países da África Central ou Ocidental. Esta não é a primeira vez que surge na Europa, mas até aqui os casos estavam associados a viagens a países onde esta doença é endémica.
Como é que se fica infetado?
Os especialistas explicam, citados pela BBC, que este vírus apesar de ser uma doença dos animais pode transmitir-se aos humanos. Contrariamente ao coronavírus, este vírus é de difícil transmissão e os surtos tendem a ser pequenos e esgotam-se a si próprios.
Até agora, sabe-se que a propagação da varíola dos macacos resulta do contacto íntimo entre as pessoas, do contacto direto pele com pele e na presença de lesões, através de fluídos biológicos, contacto com um animal infetado ou material contaminado.
É grave?
Quanto à gravidade da doença, para já, só se têm verificado casos leves, com a maioria das pessoas infetadas a recuperar em poucas semanas. Porém, as pessoas imunocomprometidas são consideradas um grupo de risco.
Quais os sintomas?
Os sintomas são: febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares, dor de costas, exaustão, inchaço dos nódulos linfáticos (linfadenopatia).
Os cuidados a ter:
Para já, os cuidados recomendados pela Cuf são:
- Uma boa e frequente higiene das mãos, sobretudo, após o contacto com animais ou pessoas infetados;
- Em zonas em que existem casos de varíola de macacos, não te aproximes de animais selvagens – mesmo que mortos – e também que aparentem estar doentes;
- Não tocar em materiais – roupa de cama, toalhas – que tenham estado em contacto com alguém infetado;
- Manter a distância de pessoas que apresentem sintomas da doença;
- Comer apenas carne bem cozinhadas;
- Não tocar em carne de animais selvagens.
Atualmente, não existe um tratamento específico para a varíola dos macacos. Nos casos severos, pode ser considerado um medicamento antiviral específico.
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