De férias na Guatemala, jovens portuguesas são surpreendidas por incêndio e perdem tudo

DUAS JOVENS PORTUGUESAS, CATARINA E MAFALDA, DECIDIRAM FAZER UM GAP YEAR NA GUATEMALA, MAS NÃO ESPERAVAM QUE TERMINASSE COM UM GRANDE INCÊNDIO

Madalena Costa
Madalena Costa


Assim que duas jovens portuguesas saíram do hostel, onde estavam hospedadas, para ir a uma festa num barco, jamais pensariam que, quando regressassem, fossem surpreendidas com um grande incêndio.


Apesar de ser um pensamento longíquo, foi isso mesmo que aconteceu a Catarina Dinis, de 22 anos, e Mafalda Vidigal, de 23 anos. As duas jovens portuguesas decidiram fazer, quando terminaram a licenciatura, um gap year, isto é, um ano ou mais, em que os alunos fazem uma pausa nos estudos. Rumaram "à descoberta da América do Sul", tal como contou a SIC Mulher, no final do ano passado.


De mochilas às costas e com muita vontade de conhecer o mundo, Catarina Dinis e Mafalda Vidigal pararam, em primeiro lugar, na Colômbia, passaram pelo Equador, decidiram, mais tarde, ir à América Central e, por fim, à América do Norte.


Chegaram à Guatemala, em dias diferentes, no dia 9 e 10 de maio, por motivos pessoais, e ficaram hospedadas, num hostel, em San Pedro La Laguna. Algumas semanas depois, as jovens portuguesas decidiram ir a uma festa num barco, que começou pela manhã.


Mais tarde, Mafalda Vidigal foi "deixar a Catarina a casa para ela descansar um bocado" e foi "para a after party, que já era em terra, por volta das 15 horas". E foi, durante os minutos em que estava a descansar no quarto, que Catarina ouviu uma enorme explosão.


Em segundos, levantou-se "em pânico" e só viu "imenso fumo e chamas". Entre o tempo de fugir do quarto, viu "uma das janelas explodir, as chamas saltaram lá para dentro e apanharam uma das camas. A cama começou logo a arder".


O incêndio começou na casa ao lado do hostel, onde estavam hospedadas, e, quando este foi dominado, "os andares superiores já tinham ardido completamente, como é descrito no GoFundMe, criado para angariar dinheiro para que o hostel possa reabrir portas".


Durante os momentos de pânico que viveu, Catarina Dinis estava sozinha e só depois chegou Mafalda Vidigal, que "não estava preparada para o que ia encontrar". A própria contou, em declarações à SIC Mulher, que assim que entrou "pela porta [viu] que não restava nada, só cinzas e as molas dos colchões", sendo que disse "'não sobra nada'" e desmanchou-se em lágrimas.


O quarto ficou, realmente, reduzido a cinzas e isso pode ver-se no vídeo que uma das jovens partilhou no TikTok. Por lá, as imagens do sucedido impactaram quem as viu e chegaram mesmo a tornar-se virais, com mais de 22 milhões de visualizações.



Aquilo que restou foi somente a roupa que tinham no corpo.


Um biquíni, no caso de Catarina Dinis, e umas calças e sapatos, no caso de Mafalda Vidigal. Conseguiram salvar poucas coisas, sendo que, entre elas, estavam apenas o passaporte que "não estava legível", "alguns restos de coisas que ainda queríamos guardar para memórias, o diário de viagem da Catarina, uma AirTag e mais nada".



Perante esta situação inesperada e inimaginável, as duas jovens ficaram sem saber para onde se virar. Felizmente, o hostel, apesar de não ter seguro que cobrisse incêndios, "deu-lhes 300 euros no total para ajudar nas despesas que teriam" e, com este dinheiro, conseguiram comprar "roupa interior, duas mudas de roupa, carregador e pasta de dentes".


Nos dias seguintes, ficaram hospedadas num outro hostel, em San Pedro La Laguna, até conseguirem resolver os problemas que tinham com os passaportes, seguros e documentos. Seguiram para o centro de Guatemala e, muito brevemente, no dia 9 de junho, aterram, finalmente, em Portugal.


Completam, assim, seis meses em viagem e trazem uma história difícil de acreditar para contar.


(Imagens: Reprodução de vídeo do TikTok)




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