Este museu criou um horário específico para pessoas "não brancas" e causou polémica

UMA EXPOSIÇÃO SOBRE O PASSADO COLONIAL ALEMÃO CAUSOU ALVOROÇO POR TER CRIADO UM HORÁRIO ESPEFÍCICO PARA PESSOAS "BRANCAS E NÃO BRANCAS"

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O museu Zeche Zollern, em Dortmund, na Alemanha, inaugurou uma nova exposição, em março deste ano, intitulada "This is Colonial" ("Isto é Colonial").


A exposição conta a história do "legado colonial pouco discutido da Alemanha". Perante o tema duro e difícil de ultrapassar, este museu decidiu criar um horário específico para "pessoas não brancas" o visitarem sem enfrentar "mais discriminação".


Acontece durante quatro horas, todos os sábados, onde "negros, indígenas e outras pessoas de cor" podem visitar a exposição.


O objetivo deste horário é, de acordo com Kirsten Baumann, diretora dos museus industriais locais, citada pelo The Washington Post, "ter consideração pelas pessoas que são mais afetadas pelo tema do colonialismo do que outras".


O site do museu acrescenta ainda que a entrada na exposição, durante este horário, não é monitorizada e é baseada na "confiança".



Apesar de a inauguração desta exposição ter acontecido em março, esta medida do museu causou alvoroço no final do mês passado.


Isto porque, de acordo com o The Washington Post, "um vídeo no TikTok mostrou dois homens brancos a confrontar os funcionários do museu sobre o horário e acusando o museu de discriminar os brancos".


O vídeo, que foi, entretanto, apagado, acabou por gerar polémica e provocar ameaças dirigidas aos funcionários do museu. Segundo uma ex-deputada alemã, "a filmagem foi fortemente editada e a sugestão de que os visitantes brancos fossem banidos da exposição era absolutamente falsa".


"Os indivíduos que gravaram o vídeo entraram no horário designado e não foram solicitados nem forçados a sair", acrescentou a mesma ex-deputada. Perante as ofensas de que foram alvo, "os funcionários do museu estão a tomar medidas legais por difamação".


Mesmo depois de o museu ter garantido que ninguém estava impedido de entrar na exposição, vários defenderam que a medida ajuda a promover a discriminação racial.


Perante o alvoroço que se gerou e as ameaças feitas aos funcionários, foram destacados alguns agentes da polícia para estarem no local até a exposição fechar ao público, em outubro.




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