Portugueses que viajem para o Reino Unido a partir de abril vão precisar de uma Autorização Eletrónica de Viagem

Se tens uma viagem marcada para o próximo ano para o Reino Unido, ou planeias marcar naqueles dias de férias do trabalho em 2025, então é melhor saberes o que muda para entrares neste país.

Para além do passaporte, que entrou em vigor após o Brexit, quando o Reino Unido saiu da União Europeia, a partir de abril de 2025 vais precisar também, obrigatoriamente, de uma Autorização Eletrónica de Viagem – ETA na sigla inglesa - para visitares o Reino Unido.

A medida foi divulgada esta terça-feira, dia 10 de setembro, pelo Governo britânico e implica o registo, com antecedência, de dados pessoais e biométricos por via digital, através de uma aplicação, e o pagamento de uma taxa de 10 libras (cerca de 12 euros). O pedido não é imediato e se tens uma viagem marcada para abril deves saber que a autorização pode levar até 3 dias úteis a ser aprovada - em alguns casos pode levar mais dias - e, assim que estiver pronta, o documento terá uma validade de dois anos – período durante o qual poderás viajar as vezes que quiseres até ao Reino Unido sem passar por toda esta burocracia novamente.

Todos os turistas europeus, incluindo Portugal, podem candidatar-se a partir de dia 5 de março e a autorização torna-se obrigatória a partir de dia 2 de abril de 2025. A ETA pode ser rejeitada com base em antecedentes criminais ou risco e, de acordo com o Ministério do Interior britânico, a medida faz parte do objetivo de digitalizar o sistema de fronteiras e de imigração do país.

Esta medida já tinha passado por uma fase experimental, em 2023, em alguns países árabes e é agora alargada a todos os que não necessitam de visto prévio para estadias de curta duração. Países não-europeus como os Estados Unidos, Brasil, Macau ou Argentina, por exemplo, podem candidatar-se a este documento a partir de 27 de novembro e são obrigados a ter uma autorização a partir de dia 8 de janeiro.

Isentos desta autorização ficam os britânicos que residem no estrangeiro, estrangeiros que vivem na República da Irlanda, detentores de autorização de residência, trabalhadores com visto ou estudantes no Reino Unido.