Gato mora em cemitério da Póvoa de Varzim para estar perto do dono que já faleceu

Uma história de amor e fidelidade entre um homem, já falecido, e o seu gato. Desde que o dono morreu, que o gato mora no cemitério

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No Cemitério Municipal da Póvoa de Varzim vive um residente especial que aquece corações e consola almas. Garfield, um gato laranja de personalidade doce, tornou-se mais do que um simples visitante: ele vive no cemitério. Desde que apareceu no verão de 2024, nunca mais foi embora, encontrando entre as campas o lugar onde parece sentir-se mais próximo de quem tanto amou, o seu dono.

Garfield não é um gato abandonado, mas sim protagonista de uma história de amor e lealdade. O dono, Bernardino Pereira, de 86 anos, faleceu em janeiro de 2024. Os dois eram inseparáveis desde que Bernardino o acolheu, durante a pandemia, após encontrá-lo sozinho, segundo conta o Correio da Manhã. Garfield tornou-se num verdadeiro companheiro, proporcionando ao dono conforto e alegria nos seus últimos anos de vida.

Após a morte de Bernardino, Garfield foi temporariamente cuidado pela família, mas o coração do felino parecia já ter escolhido o local onde queria estar. Um dia, desapareceu e percorreu cerca de dois quilómetros até ao cemitério onde o seu dono está sepultado. Desde então, Garfield passa os dias entre as campas, com uma afeição especial pelo local onde repousa Bernardino.

Quem frequenta o cemitério, seja para trabalhar ou visitar entes queridos, não consegue resistir ao Garfield. O mistério da presença do gato no cemitério foi esclarecido recentemente, quando Susana Vilar, neta de Bernardino, o reconheceu durante uma visita. Apesar de se emocionar ao reencontrá-lo, Susana percebeu que o gato já havia escolhido o seu lugar.

A família decidiu respeitar a ligação especial entre o gato e Bernardino, permitindo que Garfield continue no cemitério, onde parece ter encontrado uma maneira de manter viva a memória do dono.




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