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Geração mais nova apresenta um QI inferior ao dos pais, diz especialista

Geração mais nova apresenta um QI inferior ao dos pais, diz especialista

OS FILHOS APRESENTAM, PELA PRIMEIRA VEZ, UM QI INFERIOR AO DOS PAIS E A CULPA É DO CONSUMO EXCESSIVO DE TECNOLOGIA, DEFENDE ESPECIALISTA

Jéssica Santos
Jéssica Santos


O consumo excessivo da tecnologia pode ter repercussões maiores do que aqueles que pensamos. Hoje em dia, não há uma criança que não saiba aceder à internet, abrir o youtube e colocar os seus vídeos preferidos. Há quem diga que são muito inteligentes, mas Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, apresenta uma teoria diferente: este uso precoce e excessivo da tecnologia pode afetar o QI das crianças e dos jovens.


Michel Desmurget afirma que o QI da geração atual é mais baixo do que o da anterior.
Em países desenvolvidos, como a Noruega, Dinamarca, Finlândia, Holanda e França, os filhos apresentam, pela primeira vez, um QI inferior ao dos pais.


O especialista refere que ainda não é possível determinar o que está a afetar especificamente a diminuição do QI, mas o consumo excessivo da tecnologia tem uma forte influência. “Vários estudos têm mostrado que quando o uso da televisão, telemóveis ou computadores aumenta, o QI e o desenvolvimento cognitivo diminuem”, alerta Michel Desmurget, em declarações à BBC.


E como é que o uso de dispositivos tecnológicos afeta o desenvolvimento cognitivo?


- A diminuição das interações intrafamiliares, que são essenciais para o desenvolvimento emocional e da linguagem;
- A diminuição do tempo dedicado a outras atividades que trabalham o lado cognitivo como a leitura, a arte e a música;
- A diminuição das horas de sono;
- O sedentarismo, que para além de ter repercussões físicas, também afeta o cérebro.


Estes são os resultados de um consumo excessivo da tecnologia e que, desta forma, afetam o QI dos seus utilizadores.


Em média, as crianças com 2 anos passam quase três horas por dia em frente a um ecrã, cerca de cinco horas para crianças de 8 anos e mais de sete horas para adolescentes. Isto significa que antes de completarem 18 anos, os jovens terão passado o equivalente a 16 anos em tempo integral em frente aos ecrãs.


Geração mais nova apresenta um QI inferior ao dos pais, diz especialista


Michel Desmurget diz que “quanto mais cedo as crianças forem expostas à tecnologia, maiores serão os impactos negativos e o risco de consumo excessivo subsequente”.


Cabe aos pais estabelecer horários de uso da tecnologia e mostrar aos filhos que existe um caminho igualmente didático e desafiante longe dos ecrãs.



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