Sou a jornalista que te traz notícias fresquinhas de meia em meia hora – mais pontual do que o teu despertador, de segunda-feira (e, espero, bem menos irritante) à sexta-feira. Às 5 da manhã, já estou de pé, rabugenta, e a comer pão com ovo – porque a sobrevivência vem antes do glamour. Beber água? Aqui não me deixam, só Café da Manhã! Mas, se já consegui dançar rancho folclórico e hip-hop na mesma vida, diria que estou pronta para tudo.
Sou da Tocha, uma vila onde o som das ondas e o cheiro dos eucaliptos moldam os dias. Em 2017, troquei a calma da vila pelo caos de Lisboa, porque, como dizia Fernando Pessoa, “o homem é do tamanho do seu sonho” – e o meu precisava de mais buzinas e pressa para ganhar forma.
Nas horas vagas, troco as desgraças do mundo por concertos e livros. Sou fã do Afonso Cruz, que escreveu que “o amor aproxima as pessoas e ficamos todos do mesmo tamanho” – mas só depois de sobreviver ao trânsito em hora de ponta.
Sim, trago-te notícias sobre trânsito, tempestades, crises de governo e conflitos internacionais que te fazem suspirar, mas não te esqueças: por detrás deste microfone está alguém que sabe rir, até de si mesma. Por isso, quando ouvires algo que te faz franzir o sobrolho, lembra-te: o riso não resolve as crises, mas torna-as bem mais suportáveis – até o trânsito em hora de ponta. Espero por ti, a partir das 07h00!