Com 113 anos, Encarnação Sousa alcançou um recorde. Era a mulher mais velha de Portugal e uma das mais idosas da Europa até esta quinta-feira, dia em partiu. Deixou o seu lugar para ser ocupado por outro português também com uma mão cheia de histórias e vivências.
Nasceu a 20 de março de 1909, na aldeia Tourais, no concelho de Seia, quando o regime político que existia em Portugal era a monarquia. Viveu tempos longínquos para muitos de nós e apenas conhecidos pelos livros de história.
Tal como conta o Correio da Manhã, Encarnação casou por procuração e teve nove filhos. Dedicou a sua vida à agricultura e à família e pelo meio viveu em África, de onde regressou em 1969, em plena Guerra Colonial. Como se não fosse suficiente, ainda viveu duas guerras mundiais e duas pandemias - a gripe espanhola, em 1918, e a mais recente Covid-19.
Encarnação passou os últimos 13 anos no lar de Vila Nova de Tazem, em Gouveia. Para terminar esta vida cheia de eventos fortes, ainda superou a Covid-19, em abril, sem quaisquer mazelas. Para manter uma vida de recordes, Encarnação foi a primeira a receber a vacina no Lar de Vila Nova de Tazem.
Apesar de ter partido esta quinta-feira, é certo que viveu uma vida cheia. Com nove filhos, 14 netos, 23 bisnetos e três trinetos.