Dinheiro não é problema para este milionário, o caminho para atingir o seu mais recente objetivo é que parece ser mais difícil e talvez irrealista.


Larry Connor, de 74 anos, é um norte-americano milionário, que fez fortuna como investidor de imobiliário, e revelou ao The Wall Street Journal que quer descer até ao fundo dos oceanos, para visitar o Titanic.

Quero mostrar às pessoas de todo o mundo que, embora o oceano seja extremamente poderoso, pode ser maravilhoso e agradável”, disse ao mesmo meio.


A ideia poderia ser interessante e inovadora não tivesse a última incursão, a mais de 3.800 metros de profundidade, acabado em desastre há cerca de um ano.

O Titan começou a sua viagem a 18 de junho do ano passado, pertencia à empresa OceanGate, de expedições marítimas, e deixou de dar sinal à superfície. Dias depois do sucedido, as notícias que chegaram não foram boas, os cinco tripulantes morreram de forma imediata após a pressão do oceano ter feito implodir o aparelho.


A ideia não desmotivou Larry Connor que para esta missão conta com a ajuda de Patrick Lahey, cofundador da empresa de submarinos Triton Submarines.


O novo submarino, que vai transportar apenas estes dois homens, custou 18 milhões de euros. De acordo com Connor, o Triton 4000/2 Abyssal Explorer, como se chama, terá capacidade para fazer inúmeras viagens de ida e volta aos restos do Titanic de 1912.


A vontade de fazer esta viagem não é novidade para Larry Connor, já a queria fazer há cerca de dez anos, mas a falta de tecnologia levou a um atraso no processo.

“Há cinco anos, este submarino não poderia ter sido construído”, afirma o milionário de 74 anos.

Larry Connor, apesar da loucura, sempre criticou a abordagem de Stockton Rush, o homem que comandou o projeto do Titan. E foi esta tragédia que o impulsionou a agarrar no telefone, dias depois, e a ligar a Lahey para construir “um submarino melhor”.


Disse-me que tínhamos de construir um submarino capaz de viajar até à profundidade do Titanic, de forma regular e segura, para demonstrar que é possível — e que o Titan não passava de uma geringonça”, partilha Lahey.


A viagem inaugural ainda não tem data marcada, mas as reações nas redes sociais não tardaram a chegar com comentários como “Aqui vamos nós outra vez…” ou “Porque é que eles não podem doar simplesmente o seu dinheiro”.