Quem é que não adora uma boa fatia de pão quente, não é? Seja para matar a fome ou curar a alma, não há nada mais reconfortante do que uma bela fatia - ou duas - de pão.

Se há algo que nos define como portugueses é o amor incondicional pelo pão. Desde o pequeno almoço até ao jantar, o pão é presença obrigatória à mesa. Não existe refeição sem ele, é quase como se o pão fosse a alma do nosso país (e, convenhamos, da nossa barriga). Aliás, quem nunca ficou a ressacar pão, durante uma viagem? Por mais que os outros países tenham pão nunca se equipara ao nosso.


Prova do nosso amor ao pão foi o que aconteceu na pandemia, em que grande parte dos portugueses viraram padeiros em casa.


Agora, 2025 ainda não chegou e já promete más notícias para os amantes de pão. À semelhança do que aconteceu no ano passado, em 2025 o preço do pão deverá subir.


Segundo a presidente da direção da ACIP, Deborah Barbosa, em declaração à Lusa, o aumento do custo de produção, as matérias-primas a ficarem mais caras, o salário mínimo a subir, a energia e o transporte poderão levar a uma subida do preço do pão em 2025.


Deborah Barbosa revela que a escolha dos portugueses recai muito sobre "os clássicos", como o pão tradicional e os pastéis de nata, mas também se verifica uma grande procura por produtos mais saudáveis, como o pão integral e a pastelaria à base de plantas.



A má notícia é que os portugueses têm vindo a optar por produtos mais baratos e em menor quantidade, devido ao baixo poder de compra. E, com a tendência de subida em 2025, prevê-se que este cenário se mantenha ou piore.


A verdade é que, por mais que Portugal tenha a melhor relação qualidade/preço de pão na Europa (segundo a ACIP), o aumento dos custos vai atingir a nossa carteira. E como é que vamos sobreviver? Sem pão? Jamais! Vamos ter de arranjar maneiras de nos adaptarmos a esta realidade... talvez começar a fazer pão, como aconteceu na pandemia? Ou, quem sabe, começar a colecionar carcaças, como se fossem relíquias de família?