Arrendar casa online tornou-se uma prática comum, rápida e muitas vezes conveniente. No entanto, essa facilidade tem sido aproveitada por burlões que, com esquemas cada vez mais sofisticados, conseguem enganar quem procura um novo lar. A Polícia de Segurança Pública está atenta a este fenómeno e alerta para os perigos das burlas associadas ao arrendamento de imóveis.


Segundo a PSP, o esquema é simples, mas eficaz: um anúncio online apresenta uma casa ou apartamento com fotografias apelativas, preço abaixo do mercado e uma descrição convincente. O suposto proprietário responde rapidamente, parece disponível e prestável, e pede o pagamento adiantado para garantir a reserva. Uma vez transferido o dinheiro, o anúncio desaparece, o contacto é cortado e a vítima percebe que foi enganada. Noutras situações, o burlão mantém o contacto até ao fim, respondendo de forma evasiva a qualquer desconfiança, e a burla só é descoberta quando a vítima chega ao local e constata que o imóvel não existe ou já está ocupado.

Há ainda casos em que os burlões recorrem a documentos de outras vítimas para se fazerem passar por proprietários legítimos, ganhando assim a confiança de quem procura casa. Com o aumento da sofisticação destes esquemas, torna-se essencial saber identificar os sinais de alerta.

A PSP recomenda cautela. Se vires anúncios com preços muito abaixo do valor de mercado, desconfia! É importante pesquisar a morada, o nome do anunciante e até as imagens publicadas, uma vez que muitas vezes são reutilizadas de outros anúncios. Solicitar documentos adicionais, como cópias de contratos de fornecimento de água, luz ou gás, pode ajudar a verificar se os dados coincidem com a morada anunciada. Também se deve confirmar se o nome associado ao IBAN fornecido para pagamento corresponde ao do anunciante ou proprietário.

Nunca se deve efetuar qualquer pagamento antes de confirmar a legitimidade do negócio, e deve evitar-se aceder a links enviados por e-mail ou plataformas de mensagens. Caso surja qualquer irregularidade ou dúvida, o melhor é contactar de imediato o banco e, se necessário, cancelar a transferência.

Guardar todas as mensagens, emails, fotografias e qualquer outro tipo de comunicação pode ser essencial em caso de denúncia. A PSP apela ainda à participação de qualquer situação suspeita, quer como vítima, quer como testemunha. Quanto mais cedo for feita a denúncia, mais eficaz será a resposta policial na identificação dos autores destes crimes.