O mundo parou esta segunda-feira com a notícia da morte do Papa Francisco. Um dia depois de ter aparecido nas celebrações de domingo de Páscoa, na Praça de São Pedro, Papa Francisco deixou uma mensagem de esperança a todos.


Agora, depois da morte do Papa, o que acontece nos próximos dias? Segundo a Renascença, entra em ação um protocolo rigoroso e cheio de simbolismo, que atravessou séculos e ainda hoje fascina o mundo. O primeiro passo é destruir o anel pontifício (chamado anel do pescador), jóia usada apenas pelo Papa, e o selo de chumbo oficial usado para autenticar os seus documentos, para evitar falsificações de documentos após a sua morte.


Além disso, o quarto e o escritório do Papa são fechados e selados até ser escolhido um novo Papa.


A partir de agora, o Colégio dos Cardeais fica com poderes muito limitados: só pode tratar de assuntos urgentes ou preparar as cerimónias fúnebres e a eleição do sucessor.


Durante nove dias seguidos, realizam-se as exéquias, que misturam luto e solenidade. O corpo do Papa, após um rito mais simples que Francisco desejou, será colocado num único caixão de madeira e, só depois, trasladado para a Basílica de São Pedro, onde os fiéis poderão prestar homenagem.

Ao contrário de outros pontífices, Francisco pediu para não ser sepultado nas tradicionais Grutas do Vaticano. Preferiu descansar na Basílica de Santa Maria Maior, um gesto simbólico que reforça a sua ligação com a figura de Maria e com os mais humildes, ainda que os detalhes sobre essa sepultura estejam a ser mantidos em segredo.

Enquanto isso, os cardeais começam a reunir-se diariamente para preparar o Conclave - a eleição do novo Papa. Este só pode começar 15 dias após a morte do Papa Francisco, mas pode ser adiado até 20 dias caso ainda faltem cardeais a chegar a Roma. Já os que têm mais de 80 anos ficam de fora: não podem votar.

Até lá, ninguém pode fotografar ou filmar o Papa - mesmo falecido - sem autorização da Santa Sé. A Igreja Católica entra assim num tempo de silêncio, expectativa e tradição. Um intervalo solene entre o fim de um pontificado e o nascimento de outro.