Milhares de peregrinos podem ficar com gastroenterite

O CALOR ESTÁ A LEVAR MILHARES DE PEREGRINOS A MERGULHAREM NO RIO TEJO. ESPECIALISTAS DEIXAM ALERTA

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O calor, em Lisboa, não tem dado tréguas, esta semana. Milhares de peregrinos andam pela capital, por causa da Jornada Mundial da Juventude, e têm encontrado formas para se refrescarem que podem não ser as melhores.

Há quem dê mergulhos no rio Tejo e mal saiba os riscos que isso acarreta. Por exemplo, a partir das 16 horas, quando a maré começa a vazar, o rio Tejo costuma ter correntes muito fortes, principalmente entre o Parque das Nações e Algés.


O que para a Câmara Municipal de Lisboa é uma grande preocupação. "Não havendo nadador-salvador, as autoridades não estão posicionadas no terreno e não haverá capacidade de socorro imediato. Se a pessoa não tiver capacidade física e fôlego para se aguentar à tona e nadar em direção a uma margem qualquer onde se possa agarrar, há aqui um risco elevado de ser levada pela corrente", avisa Gustavo Tato Borges, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, à CNN Portugal.


Depois, os mergulhos no rio Tejo podem ainda trazer gastroenterites, diarreias, reações cutâneas - devido às bactérias presentes - e ainda podem ser contraídas doenças infeciosas.


Nesse caso, não há quem esteja a salvo, incluindo quem não foi a banhos no rio. "Estamos a falar de um aglomerado de 1,5 milhões de pessoas, todas elas em espaços relativamente pequenos, porque, apesar de tudo, o Parque Tejo e o Parque Eduardo VII têm áreas que vão ficar sobrelotadas. Portanto, toda esta proximidade entre pessoas é um ótimo caldinho para propagar doenças se não tiverem cuidado."



Por todas estas preocupações, já foram acionados meios para impedir mergulhos no Tejo.

Desde lanchas da Polícia Marítima, lanchas salva-vidas e motas de água de salvamento marítimo do Instituto de Socorros a Náufragos, todo o dispositivo foi reforçado.


No Parque Tejo, "existe uma barreira física que não permite aos peregrinos entrarem nas margens", refere o porta-voz da Autoridade Marítima Nacional, José Sousa Luís, citado pela SIC Notícias. Ainda assim, caso as barreiras não sejam suficientes, "existem patrulhas no lado terra e depois existem embarcações do lado do rio".




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