Ratazanas de Nova Iorque já são uma atração turística e torna-se moda

Aquilo que serviu, inicialmente, como alerta acabou por se tornar uma atração.

É do conhecimento geral que a cidade de Nova Iorque está infestada de ratos e de ratazanas ao ponto de este ser uma problema gigante para o município, para os moradores, para os lojistas, donos de restaurantes e turistas.

Há já vários anos que a cidade se depara com o aumento significativo dos roedores que atingem, por vezes, tamanhos bastante grandes. Há igualmente muito tempo que a cidade – através de organismos próprios – tenta exterminar a praga. Até elegeu um “czar dos ratos” - é uma “czarina", Kathleen Corradi, desde abril - para não dar tréguas aos roedores que, pela calada da noite, aparecem aos magotes, em várias zonas de Nova Iorque, muito também atraídos pela questão da má colocação do lixo (fora dos contentores) que, naturalmente, atrai os murídeos.

Alguns moradores de Nova Iorque começaram a publicar vários vídeos, nas redes sociais, de locais específicos da cidade com o objetivo de alertar – e pressionar as autoridades competentes - para a infestação de ratazanas na cidade.

Um deles foi Kenny Bollwerk que fez um direto de um desses sítios para sensibilizar todos, na cidade, para este problema. E o que sucedeu foi que os vídeos que pretendiam alertar acabaram por “atrair”. Vários seguidores de Kenny começaram a deslocar-se aos ditos locais para avistar as ratazanas ao vivo e também a pedir-lhe que pusesse mais vídeos de murídeos nas redes sociais. Daí a tornar-se uma espécie de roteiro turístico de ratos e ratazanas foi um pulo.

Portanto, atualmente, há locais na cidade que nunca dorme que são visitados, justamente, porque têm ratazanas e ratos, como, por exemplo, o Central Park, a Ponte de Brooklyn ou a Estátua da Liberdade, entre alguns outros. O jornal Guardian adianta mesmo que há guias turísticos que param nesses locais para avistar ratos e ratazanas. Afinal, estes bichos já fazem parte da cidade de Nova Iorque.

Há dados que dizem que os roedores aumentaram bastante no ano 2022, apesar de a Câmara de Nova Iorque dizer que se veem menos ratos, agora, em comparação com o ano anterior, e avança também que a sua eliminação, através de pesticidas, continua em marcha.