Entre a meia-noite e as 07h00 da manhã desta quinta-feira, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou mais de 4.200 incidentes em várias regiões, desde quedas de árvores e estruturas danificadas até estradas bloqueadas e inundações, avançou a "RTP".


A Grande Lisboa, a Península de Setúbal e a Sub-Região do Oeste foram as zonas mais afetadas, obrigando à mobilização de 14.560 operacionais e quase 5.000 meios terrestres para lidar com os estragos.


Na capital, o presidente da Câmara, Carlos Moedas, descreveu a noite como "violenta", com mais de 638 ocorrências, incluindo 315 árvores caídas, de acordo com a "CNN Portugal". "Foi uma noite difícil para a cidade, com vento de uma violência que não se via há muito tempo. Estamos a falar de ventos de 120 km/h. As pessoas que aqui trabalham há muitos anos que não viam isto na cidade. Pedimos às pessoas que reportem todos os casos. Ainda vamos ter dias difíceis pela frente para voltar à normalidade", disse Carlos Moedas em declarações aos jornalistas.



A força das rajadas, que chegaram a atingir 120 km/h, fez com que várias aeronaves ficassem viradas ao contrário no Aeródromo de Tires, em Cascais. Já em Vila do Conde, a tempestade arrancou parte da cobertura do estádio do Rio Ave.


A rede elétrica também sofreu um duro golpe: cerca de 50 mil clientes em Leiria, Coimbra e Vila Real ficaram sem luz devido à tempestade, segundo a "SIC Notícias. Na Lourinhã, 13 pessoas ficaram desalojadas após o telhado da sua habitação ter sido arrancado pelo vento.



No Alentejo, mais de 160 árvores caíram, danificando veículos e bloqueando estradas. Já no Norte, cidades como Porto e Braga registaram múltiplas quedas de árvores e estruturas, mas sem feridos graves ou danos estruturais significativos.


O mau tempo também afetou os transportes, com a linha de Cascais a sofrer interrupções devido à queda de uma árvore nos carris.


Embora a tempestade tenha passado, os trabalhos de limpeza e reconstrução ainda vão levar algum tempo.