Enquanto algumas empresas optam pela flexibilidade na forma de trabalhar dos funcionários, há outras que teimam em crer que o teletrabalho é uma forma de fazer gazeta e fingir que se trabalha. Uma pandemia não foi suficiente para provar que o teletrabalho é eficiente, pelo menos para esta empresa, a Holaluz, que, cinco anos depois, decidiu virar o jogo e proibir o teletrabalho.
Ora, os trabalhadores não tiveram mais nada e decidiram fazer greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam o direito ao teletrabalho e uma atualização salarial. Como se não bastasse, a empresa, em dezembro, propôs ainda uma modificação substancial das condições de trabalho que eliminava benefícios como seguro de saúde e cursos de idiomas.
O curioso é que, para uma empresa que prega a sustentabilidade, essa decisão não faz o menor sentido. O teletrabalho permitiu que muitos funcionários vivessem em áreas rurais, diminuindo o impacto ambiental e melhorando a qualidade de vida. Agora, a obrigatoriedade do deslocamento diário para a cidade não só gera mais poluição, mas também um grande desconforto.
Os trabalhadores, com salários congelados há anos, dizem que a decisão parece tudo menos estratégica. E, para piorar, a empresa teria sugerido que quem não gostasse das novas condições poderia simplesmente... sair.