Já deste por ti a perguntar: “Mas porque é que eu escolho sempre os mesmos tipos de pessoas?” Spoiler: segundo a psicologia, a resposta pode estar na tua infância.


As primeiras relações que tivemos - com pais, avós, tios, ou com quem nos criou - ajudaram a definir o nosso guia emocional. Por exemplo, se cresceste num ambiente onde o afeto era uma raridade, é possível que hoje a proximidade emocional te deixe desconfortável.


De acordo com o psicoterapeuta Santiago Delboy, citado pela Psychology Today, os modelos de relação que construímos ainda em crianças podem determinar se, em adultos, nos sentimos seguros no amor ou se vivemos com medo da rejeição, necessidade de aprovação constante ou dificuldade em confiar.


"Essas experiências iniciais moldam as imagens de nós mesmos e dos outros, o que pode suscitar uma série de medos, ansiedades, esperanças e receios, conscientes ou inconscientes, que influenciarão as nossas interações com os outros em geral e a nossa escolha por parceiros românticos em particular. Podemos procurar parceiros que espelhem ou complementem aspetos das nossas primeiras experiências", explica o especialista.


A boa notícia é que este passado não tem de ditar o futuro. Através da psicoterapia, é possível reconhecer padrões, trabalhar emoções reprimidas e criar novas formas de nos relacionarmos.


Perceber que certos comportamentos vêm do passado é o primeiro passo para mudar. Afinal, o amor pode até começar na infância, mas o crescimento acontece quando escolhemos, conscientemente, vivê-lo de forma mais saudável.


No fundo, tudo isto é sobre aprender a cuidar do nosso "eu" mais antigo, aquele que só queria ser visto, ouvido e amado. Quando damos colo a essa versão de nós, o presente começa a fazer muito mais sentido.